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FILHOS, A EXPERIÊNCIA 6i6y1e

Coluna publicada no jornal impresso no dia 15/05/2025 3r3oq

“Não é possível que seja bom ter filho: eu ouço que isso é uma maravilha - de pessoas com olheira, se separando, sem dormir, ando horas em lugares com brincadeiras infantis, gastando um dinheiro que não queria, com criança chorando, etc, etc. Onde é que tá a parte boa disso?” A pergunta é feita pelo entrevistador João Vicente ao amigo Gregório Duvivier. A surpreendente resposta está em vídeo ível na internet.

O recente Dia das Mães traz reflexões sobre ter filhos. Entre os argumentos em favor da maternidade/paternidade está que a presença dos filhos traz propósito, bem-estar, cria laços de afeto, vínculos de amor, além de eles representarem um legado para o futuro.

Os argumentos contra são da ordem de perdas pessoais e financeiras e desgaste emocional: pais e mães gastam muito tempo de suas vidas para o cuidado e acompanhamento dos pequenos e, aliado a isso, despendem muito dinheiro para criá-los. Assim, filhos restringem a liberdade e custam caro.

A vinda de uma criança afeta a vida familiar e profissional. É muito compromisso ser responsável por alguém desde o nascimento até sua independência ou até a vida adulta, o que envolve atender necessidades psicológicas, de saúde e educação. Além de dar despesa e trabalho, o filho não pode ser devolvido como um embrulho que veio com defeito.

Se nossos pais e avós tivessem pensado tanto na energia e finanças que perderiam ao ter filhos, nós provavelmente nem teríamos nascido.  Convivemos hoje com avós e bisavós que tiveram muitos filhos por falta de orientação e de o a métodos contraceptivos. Apesar das dificuldades com a criação dos filhos, a maioria lembra com alegria a vida ada e se orgulha de tê-los criado.

Nem tudo são flores nas relações familiares, mas onde elas são? Em todas as faces e fases da vida deparamos com decepções, frustrações, perdas. É delas que nos erguemos para continuar a nossa existência. Os ganhos em ser pai e mãe? Talvez a resposta de Gregório - que é pai - à pergunta baseada em pesos e medidas, perdas e ganhos; nos dê uma pista:

“O amor que se tem a um filho não é meritocrático. Não obedece ao quanto ele merece o teu amor, mas sim o quanto ele precisa do teu amor. E o amor paternal não tem a ver com quanto o teu filho te faz feliz, mas o quanto ele precisa de ti para ser feliz. Não é uma lógica da dívida, e sim da dádiva – a lógica de dar, não de cobrar. A coisa mais bonita da paternidade e da maternidade é você se doar. Por um momento você não é o centro do universo.  Não tem nada melhor, mesmo que por alguns minutos que seja, você não ter o mundo gravitando ao seu redor e sim estar na órbita de alguém e esse alguém ser a coisa que você mais ama no mundo...”

Assim como decidir não ter filhos é decisão muito particular de cada um, a escolha por ter uma continuidade através de outro ser humano é algo que traz coragem ao mesmo tempo em que traz vulnerabilidade, porque não há bula nem receita para criar filhos. Nada é feito de certezas. Ser pai/mãe ainda é uma experiência tão intensa de sentimentos quanto intransferível.

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